quinta-feira, 31 de julho de 2008

DEBATE


Acontece hoje a noite o primeiro Debate ou Embate televisivo com os candidatos a chapa májoritaria a prefeitura de Chapecó, resta esperar para ver a forma do debate, e como será comandada pelo então competente Vânio Boslle, com suas tiradas únicas,e irreverentes, quanto aos candidatos estamos na expectativa que se restabeleça a verdade ,mesmo porque em terra de condá o PIG está a favor de um projeto só, que é o da reeleição do então "DEMOTUCANO". Não percam a oportunidade uníca de vermos a verdade reestabelecida em um debate por uma outra região e por um canal de televisão tendo um apresentador imparcial e não dominado pelo "PIG" e os pelos "DEMOTUCANOS"

"Prefeito de verdade"


"Uma mentira repetida por diversas vezes ,torna-se uma verdade." Tanto que aqui em Chapecó não foge a regra tivemos um slogan em uma campanha passada que dizia "Vote em um prefeito de verdade." Não adianta negar: tem eleitor que adora uma mentira mesmo que possa parecer verdade, tem aquele que adora votar em candidato corrupto. Vamos ser sinceros: tem eleitor que não pode ver corrupto sem lhe oferecer seu voto. Vamos ser francos: tem eleitor que vota em corrupto até de graça. Só pela simpatia de dizer eu votei em um prefeito de verdade, mesmo sabendo que é mentira, mesmo com a proibição de uso de camisetas de candidatos, se hoje fosse permitida estariam estampadas nelas os seguintes slogans. "Eu amo meu mentiroso" ou "Mentiroso,corrupto e Prefeito de verdade."

segunda-feira, 28 de julho de 2008

São Cristovão que nos perdoe


São Cristóvão que nos perdoe, mas a festa do bairro são Cristóvão que de três em três anos se transforma no reduto de políticos, cuja sua maioria nem devoto do padroeiro é, ou muito menos conhece a realidade do povo de nossa região, mas que em época de eleição se apresentam como o Deus omnipotente, o verdadeiro fiel e devoto do santo, prontos para levar nas costas e cruzar o rio,todo e qualquer cidadão, desde que este tenha titulo é claro.Mas que me chamou a atenção foi a demonstração de poder e abuso dos DEMO-TUCANOS,uma verdadeira festa de arromba com demonstração de um misto de "PODER" e "LUXURIA" tudo que tem de pior em um político foi mostrado ali, vale cerveja, vale churrasco, vale rifa e até vale frango e bolo.Uma verdadeira festa de arromba que no final pode arrombar é os cofres públicos com esta puliticalha barata e demagoga, já ultrapassada mas que ainda é pratica comum pelos mesmos que ai estão, agora resta saber se aqueles que se empapussaram das goluseimas da festa se recordarão do numero ,nome e partido dos candidatos, porque hoje devem estar com uma tremenda dor de cabeça. Por favor aqui pede um eleitor que não tem nada a haver com isso que vcs beberam ou comeram , mas me façam um favor não vote neles, porque parte de um princípio ético, que este que te pagou uma cerveja não tem compromisso nem um com vc, diga não vote contra tudo isto que ai se apresenta.

sábado, 26 de julho de 2008

Justiça brasileira se esquece dos pobres

Negro, pobre e favelado, Sandro Wellington de Jesus, de 24 anos, atravessava a rua para pegar um ônibus, na madrugada do dia 23 de outubro de 2004, quando foi atingido por um tiro disparado por policiais militares que alvejavam outro jovem. Morador do Jardim Elba, uma das 32 favelas da região de Sapopemba, Zona Leste de São Paulo, o jovem de 24 anos pretendia participar de excursão para a cidade de Aparecida do Norte. Ferido, Sandro fugiu para sua casa, onde agüentou a dor até o amanhecer, quando teve certeza que os policiais já haviam saído da favela. Ao ser atendido no hospital, foi preso pelos mesmos policiais que o atingiram, sob a acusação tráfico e homicídio.




Depois de ficar preso por um mês, foi beneficiado pela liberdade provisória, pois não havia provas que sustentassem sua prisão. Um dia, foi tirar um documento e não pôde mais voltar para casa. Foi preso sob a acusação de não ter comparecido a uma audiência da qual ele nunca recebeu intimação. Segundo o oficial de justiça, o seu endereço não fora localizado.




Ele e sua família procuraram a defensoria pública, mas, no período de um ano, Sandro teve cinco defensores diferentes. Faltando dois dias para o júri, o caso ainda não havia sido estudado. No dia do seu julgamento, 16 de janeiro de 2008, Sandro foi condenado por quatro a contra três a sentença de 24 anos de reclusão.




Ricos e pobres

O caso do jovem é um exemplo de como no Brasil a justiça funciona de maneira diferente para ricos e pobres. Sandro faz para das estatísticas de estudos do Ministério da Justiça e da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (Direito GV), que apontam que 80 mil presos provisórios e 54 mil condenados poderiam estar em liberdade, privilégio que em sua grande maioria só é oferecido quando o acusado faz parte da camada mais rica da sociedade. Somados, são 134 mil presos, que representam mais de 30% dos 422.373 presos do país.




O curioso é que, enquanto há 134 mil pessoas que poderiam estar em liberdade, o déficit nas penitenciárias é de 180 mil. Caso os detentos fossem liberados, haveria 75% das vagas para o sistema prisional, o que representa uma economia de R$ 4,7 bilhões aos cofres públicos, ao se levar em conta que o custo médio de R$ 35 mil por nova vaga, segundo dado do Ministério da Justiça.




Na avaliação de Gunther Zgubic, coordenador nacional da Pastoral Carcerária, os gastos dos Estados na manutenção dos presos provisórios poderiam ser investidos no atendimento do Judiciário. Além disso, ele acredita que a maioria dos Estados não têm defensorias equipadas e aptas para defender essas pessoas. “Esse dinheiro dos provisórios poderia ser utilizado para termos mais defensores, promotores e juízes. Assim, os julgamentos seriam mais rápidos”, aponta.




Acesso à justiça

De acordo com Anaí Rodrigues, representante da Associação Paulista dos Defensores Públicos, certamente há uma relação entre os números da população carcerária e a dificuldade de acesso à justiça por parte da população de baixa renda. “Às vezes encontramos pessoas num estabelecimento prisional que não estariam lá se tivessem dinheiro para pagar um advogado ou tivessem um defensor público que pudesse atuar com a qualidade que um advogado particular atua”, analisa.




Na avaliação de Anaí, os defensores não conseguem dar atenção devida aos casos, porque são muito poucos. “É um serviço de qualidade, mas pouco presencial”, pondera. Para ela, caso a defensoria fosse estruturada, “conseguiria ser mais presente, e assim ajudar na redução do número de pessoas encarceradas indevidamente”.




Hoje, a Defensoria do Estado de São Paulo conta com 400 defensores públicos, que atendem por ano cerca de 850 mil pessoas. De acordo com estudos da instituição, caso houvesse 1.600 defensores públicos, ela poderia ter postos de atendimento em todas as comarcas (hoje atende apenas 22 das 360) e não precisaria realizar convênios, como o que tinha com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

domingo, 20 de julho de 2008

ATAQUE-SURPRESA


Geralmente esse tipo de ataque revela falha dos Serviços de Inteligência e seu efeito é devastador. O soldado invasor é atingido seriamente na consciência e fica semanas abatido por ter sido derrotado pelo inimigo que usava uma arma de poder de fogo infinitamente menor, mas manuseada com bastante eficiência.

ASSINE JÁ, EM DEFESA DA LIBERDADE E DO PROGRESSO DO CONHECIMENTO NA INTERNET BRASILEIRA

ESTA PETIÇÂO AGORA É DIRECIONADA A CAMARA DOS DEPUTADOS - Na noite de 09/07 o Senado aprovou o projeto de forma velada, pegando a todos nós de surpresa. Desta forma temos de dar uma resposta á altura coletando o máximo de assinaturas possível dentre outras ações que estão sendo desenvolvidas. Não podemos desistir de exercer nosso direito á democracia.

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To: Senado Brasileiro
EM DEFESA DA LIBERDADE E DO PROGRESSO DO CONHECIMENTO NA INTERNET BRASILEIRA

A Internet ampliou de forma inédita a comunicação humana, permitindo um avanço planetário na maneira de produzir, distribuir e consumir conhecimento, seja ele escrito, imagético ou sonoro. Construída colaborativamente, a rede é uma das maiores expressões da diversidade cultural e da criatividade social do século XX. Descentralizada, a Internet baseia-se na interatividade e na possibilidade de todos tornarem-se produtores e não apenas consumidores de informação, como impera ainda na era das mídias de massa. Na Internet, a liberdade de criação de conteúdos alimenta, e é alimentada, pela liberdade de criação de novos formatos midiáticos, de novos programas, de novas tecnologias, de novas redes sociais. A liberdade é a base da criação do conhecimento. E ela está na base do desenvolvimento e da sobrevivência da Internet.

A Internet é uma rede de redes, sempre em construção e coletiva. Ela é o palco de uma nova cultura humanista que coloca, pela primeira vez, a humanidade perante ela mesma ao oferecer oportunidades reais de comunicação entre os povos. E não falamos do futuro. Estamos falando do presente. Uma realidade com desigualdades regionais, mas planetária em seu crescimento.

O uso dos computadores e das redes são hoje incontornáveis, oferecendo oportunidades de trabalho, de educação e de lazer a milhares de brasileiros. Vejam o impacto das redes sociais, dos software livres, do e-mail, da Web, dos fóruns de discussão, dos telefones celulares cada vez mais integrados à Internet. O que vemos na rede é, efetivamente, troca, colaboração, sociabilidade, produção de informação, ebulição cultural. A Internet requalificou as práticas colaborativas, reunificou as artes e as ciências, superando uma divisão erguida no mundo mecânico da era industrial. A Internet representa, ainda que sempre em potência, a mais nova expressão da liberdade humana.

E nós brasileiros sabemos muito bem disso. A Internet oferece uma oportunidade ímpar a países periféricos e emergentes na nova sociedade da informação. Mesmo com todas as desigualdades sociais, nós, brasileiros, somo usuários criativos e expressivos na rede. Basta ver os números (IBOPE/NetRatikng): somos mais de 22 milhões de usuários, em crescimento a cada mês; somos os usuários que mais ficam on-line no mundo: mais de 22h em média por mês. E notem que as categorias que mais crescem são, justamente, "Educação e Carreira", ou seja, acesso à sites educacionais e profissionais. Devemos assim, estimular o uso e a democratização da Internet no Brasil. Necessitamos fazer crescer a rede, e não travá-la. Precisamos dar acesso a todos os brasileiros e estimulá-los a produzir conhecimento, cultura, e com isso poder melhorar suas condições de existência.

Um projeto de Lei do Senado brasileiro quer bloquear as práticas criativas e atacar a Internet, enrijecendo todas as convenções do direito autoral. O Substitutivo do Senador Eduardo Azeredo quer bloquear o uso de redes P2P, quer liquidar com o avanço das redes de conexão abertas (Wi-Fi) e quer exigir que todos os provedores de acesso à Internet se tornem delatores de seus usuários, colocando cada um como provável criminoso. É o reino da suspeita, do medo e da quebra da neutralidade da rede. Caso o projeto Substitutivo do Senador Azeredo seja aprovado, milhares de internautas serão transformados, de um dia para outro, em criminosos. Dezenas de atividades criativas serão consideradas criminosas pelo artigo 285-B do projeto em questão. Esse projeto é uma séria ameaça à diversidade da rede, às possibilidades recombinantes, além de instaurar o medo e a vigilância.

Se, como diz o projeto de lei, é crime "obter ou transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização ou em desconformidade à autorização, do legítimo titular, quando exigida", não podemos mais fazer nada na rede. O simples ato de acessar um site já seria um crime por "cópia sem pedir autorização" na memória "viva" (RAM) temporária do computador. Deveríamos considerar todos os browsers ilegais por criarem caches de páginas sem pedir autorização, e sem mesmo avisar aos mais comum dos usuários que eles estão copiando. Citar um trecho de uma matéria de um jornal ou outra publicação on-line em um blog, também seria crime. O projeto, se aprovado, colocaria a prática do "blogging" na ilegalidade, bem como as máquinas de busca, já que elas copiam trechos de sites e blogs sem pedir autorização de ninguém!

Se formos aplicar uma lei como essa as universidades, teríamos que considerar a ciência como uma atividade criminosa já que ela progride ao "transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado", "sem pedir a autorização dos autores" (citamos, mas não pedimos autorização aos autores para citá-los). Se levarmos o projeto de lei a sério, devemos nos perguntar como poderíamos pensar, criar e difundir conhecimento sem sermos criminosos.

O conhecimento só se dá de forma coletiva e compartilhada. Todo conhecimento se produz coletivamente: estimulado pelos livros que lemos, pelas palestras que assistimos, pelas idéias que nos foram dadas por nossos professores e amigos... Como podemos criar algo que não tenha, de uma forma ou de outra, surgido ou sido transferido por algum "dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização ou em desconformidade à autorização, do legítimo titular"?

Defendemos a liberdade, a inteligência e a troca livre e responsável. Não defendemos o plágio, a cópia indevida ou o roubo de obras. Defendemos a necessidade de garantir a liberdade de troca, o crescimento da criatividade e a expansão do conhecimento no Brasil. Experiências com Software Livres e Creative Commons já demonstraram que isso é possível. Devemos estimular a colaboração e enriquecimento cultural, não o plágio, o roubo e a cópia improdutiva e estagnante. E a Internet é um importante instrumento nesse sentido. Mas esse projeto coloca tudo no mesmo saco. Uso criativo, com respeito ao outro, passa, na Internet, a ser considerado crime. Projetos como esses prestam um desserviço à sociedade e à cultura brasileiras, travam o desenvolvimento humano e colocam o país definitivamente para debaixo do tapete da história da sociedade da informação no século XXI.

Por estas razões nós, abaixo assinados, pesquisadores e professores universitários apelamos aos congressistas brasileiros que rejeitem o projeto Substitutivo do Senador Eduardo Azeredo ao projeto de Lei da Câmara 89/2003, e Projetos de Lei do Senado n. 137/2000, e n. 76/2000, pois atenta contra a liberdade, a criatividade, a privacidade e a disseminação de conhecimento na Internet brasileira.


André Lemos, Prof. Associado da Faculdade de Comunicação da UFBA, Pesquisador 1 do CNPq.

Sérgio Amadeu da Silveira, Prof. do Mestrado da Faculdade Cásper Líbero, ativista do software livre.

João Carlos Rebello Caribé, Publicitário e Consultor de Negócios em Midias Sociais

Sincerely,

PARA PARTICIPAR CLIQUE NO LINK ABAIXO

The Undersigned

Daniel Dantas e a mediocridade da burguesia nacional


As espertezas protagonizadas pelo banqueiro Daniel Dantas e sua turma simbolizam com nitidez e definição de formas como de fato se desenvolve e prospera o capitalismo no Brasil. Como os ideais do velho liberalismo estão mortos e enterrados na cova rasa da ignorância da burguesia, subexiste para eles apenas o negócio, o business, e este geralmente colocado sob o signo da vigarice, como bem apontou uma vez Ernest Bloch.

No Brasil, nós não tivemos uma revolução burguesa do tipo clássico, embora o país tivesse se inserido, desde cedo, no modo de produção capitalista, sempre de forma subordinada. Assim, a burguesia sempre foi dependente, ora do Estado, ora das economias centrais. Por ser subordinada e sócio menor, nunca foi revolucionária, no sentido de protagonizar, com originalidade, a renovação de velhos padrões pré-capitalistas. Permanentemente, conviveu com o arcaico e o tradicional, em detrimento daquilo que era vanguarda na matriz do próprio sistema do qual era periferia.

Getulio Vargas é o nome da revolução burguesa no Brasil. Sentindo ele, Getulio Vargas, a mediocridade burguesa, tratou de dotar o Estado de instituições que fizessem o papel e a fala da modernidade burguesa. Mas Getulio era um só e portanto, acabou faltando aquilo que nos países que fizeram revolução burguesa tinham de sobra ou tinham, pelo menos até o advento do neoliberalismo. Primeiro, uma sólida cultura de classe dominante, que hegemonize a cena pública e privada nas diversas esferas da vida social. Dois, um eco social próprio da classe, mas capaz de informar e formar traços psicológicos e morais também nas classes dominadas. Três: uma ética burguesa que fale por si mesma como classe, mas sobretudo para a sociedade como um todo, sob prescrições comportamentais, normas civilizatórias, valores iluministas e exortações republicanas.

Portanto, a tragédia ética do Brasil é muito motivada por essa completa ausência de espírito revolucionário, no sentido burguês mesmo, e das nossas medíocres elites econômicas. Neste país, todo burguês é um usurpador. Chegou onde se encontra, no topo da pirâmide, sem nunca ter feito qualquer esforço social, intelectual ou econômico para justificar a sua condição de classe dominante. Chegaram ali, ou por força de vantagens adquiridas junto ao aparelho de Estado, ou por serem sócios menores de interesses geopolíticos das economias centrais.

Daniel Dantas, portanto, é apenas e somente o herdeiro mais fiel e bem sucedido de uma longa tradição de nossa burguesia brasuca.

Pensem nisso, enquanto eu me despeço.

Até mais!
Cristóvão Feil é sociólogo

"Me apaixonei por uma assassina"


"O que acontece se sua nova namorada tem um segredo muito mais tenebroso e sinistro do que ter dormido com alguns caras?"

Jason P. Howe

Chega um ponto em todo relacionamento novo que sua namorada quer te contar um segredo. Normalmente, tem a ver com sexo - quantos parceiros ela já teve (com alguns convenientemente apagados) -, esse tipo de coisa. Freqüentemente, o segredo altera as bases do relacionamento; a honestidade vem com as conseqüências. Mas o que acontece se sua nova namorada tem um segredo muito mais tenebroso e sinistro do que ter dormido com alguns caras?

Sentado nu na beira da cama de um quarto de hotel barato e quente no coração de uma região da Colômbia produtora de drogas e assolada pela guerra , acendi um cigarro e escutei, enquanto a garota com quem eu acabara de fazer amor me contava um segredo tenebroso o bastante para tirar qualquer um de seu êxtase pós-coito. Eu tinha estado na Colômbia por alguns meses para aprender a ser um foto-jornalista. Não fazendo algum curso teórico universitário, ou tirando retratos em um estúdio confortável, mas me entregando profundamente.

Tempos de paz têm sido raros na história desse país. Nos últimos 40 anos, um grupo rebelde de inspiração marxista, conhecido como Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), está em guerra com o governo, financiando seu exército crescente com seqüestros e extorsão, e taxando o comércio ilegal de cocaína. Esquadrões da morte de direita, conhecidos como "forças de auto-defesa", surgiram como uma resposta aos seqüestros, pelas Farc, de ricos proprietários de terra e traficantes. Sob a fachada de uma organização chamada AUC (Autodefensas Unidas da Colômbia), estas milícias privadas, ou paramilitares (conhecidos localmente como "paras"), são secretamente apoiadas por altos níveis do governo e do exército, que dão suporte para sua guerra suja contra os rebeldes das Farc.

Essse conflito triangular causou, e continua a causar, um alto preço para o povo colombiano. Durante as últimas quatro décadas, mais de 200 mil pessoas perderam a vida e mais de três milhões foram forçadas a saírem de suas casas devido à violência ou à intimidação. Nesta semana, como resultado de uma incursão das forças de governo no Equador para matar rebeldes das Farc, o confito foi o centro de uma crise envolvendo os dois países, junto com a Venezuela de Hugo Chávez.

Desviando a atenção de toda essa brutalidade chamando-a de guerra contra as drogas, o governo comete uma grande injustiça contra o povo colombiano. Suas raízes estão na desigualdade econômica e social que permeia o país, uma enorme classe trabalhadora vivendo na pobreza, enchendo os bolsos de uma minúscula e rica classe alta, que possui mais de 90% da terra, da indústria e dos negócios. Meu objetivo, por essas razões, era encontrar e fotografar membros de cada um dos grupos envolvidos, e tentar explicar esse conflito latino-americano de 40 anos.

Comecei viajando a uma parte do país com forte presença das Farc, e, depois de muita perseverança, persuadi os rebeldes a me deixarem viver em um de seus campos. Depois de documentar seu cotidiano e de estar com eles em um tiroteio contra soldados do governo, era o momento de ir embora e buscar seus eternos inimigos, os paras.

Fui em direção de Putumayo, um dos centros do narcotráfico e cena de batalhas entre as Farc e os paras, no sul da Colômbia, na fronteira com o Equador. Levei um par de dias viajando em um ônibus local para chegar à capital, Puerto Asis.

Primeiro encontro

No caminho, comecei a conversar com uma passageira, uma linda colombiana chamada Marylin, que me contou que estava voltando de comprar roupas em uma das grandes cidades. Expliquei a ela porque visitava a região, e Marylin me disse que tinha amigos tanto entre os paramilitares quanto entre os militares, e que, portanto, poderia me ajudar. Ela me convidou a ficar com sua família, que tinha uma loja e bar de estrada nas imediações da cidade. Fiquei atraído por Marylin, mas não tinha idéia de quão íntimos nos tornaríamos e como seria nosso futuro.

Passei as semanas seguintes com a família dela, fazendo viagens ao campo para fotografar os campos de coca e para encontrar os paramilitares. Marylin e eu passamos longas tardes deitados juntos em uma rede. Nos demos as mãos e nos beijamos algumas vezes, mas não foi além disso. Chegou um momento em que meu tempo e dinheiro acabaram e eu tive que voltar à Inglaterra. Enquanto me despedia, prometi fazer o possível para voltar, e Marylin disse que agora eu era "da família".

Seis meses depois, eu estava de volta, determinado a explorar totalmente esse conflito, aprender tudo que pudesse e, talvez, publicar um livro. Voltei a Puerto Asis com a intenção de passar um tempo com Marylin e sua família. Mas algumas surpresas me esperavam: Marylin me contou que ela tinha entrado para a AUC e tinha combatido ativamente em uma vila próxima, chamada El Tigre. Uma amiga que havia lutado ao lado dela tinha sido morta, junto com outros 25 paramilitares e pelo menos 15 rebeldes. Quando o combate acabou, a população inteira da vila fugiu. O irmão de Marylin agora trabalhava em uma plantação de coca e carregava uma pistola que ficava debaixo de seu travesseiro enquanto dormia. Não achei tudo isso particularmente chocante. Esse era, afinal, um país dividido por todo tipo de violência. Apenas a sorte, ou a falta dela, determinava em qual lado você estaria.

Passaram-se meses. Viajei pelo país desenvolvendo meu projeto. Os resultados receberam uma positiva aceitação, incluindo um prêmio em uma competição internacional, e me sugeriram que eu fosse para o Iraque documentar a guerra por lá. Então, eu fui. Mas, depois de seis meses vivendo diariamente com carros-bombas e ataques de mísseis em Bagdá, eu estava muito ansioso para voltar para a Colômbia.

Mudança na atmosfera

Um ano depois de nosso primeiro encontro, eu voltei para a casa de Marylin em um táxi batido. Me sentei e bebi uma cerveja gelada com seu pai enquanto esperava que ela voltasse de uma "pequena missão". Então, caminhei de mãos dadas com ela e com sua filha de quatro anos, Natalie, por uma estrada de carroça, até um rio envolto por sombras de árvores que havia atrás de sua casa. Com a filha dela nadando perto do banco em que estávamos sentados, dando braçadas na água cada vez mais profunda e fria, senti que havia tido uma mudança na atmosfera, mas não sabia exatamente o que.

Perguntei à Marylin se as coisas ficariam diferentes entre nós se eu ficasse em um hotel no centro e não com sua família. Ela concordou que isso seria melhor para continuarmos juntos, então encontrei um quarto para mim. Naquela noite, ela veio para o jantar. Comemos na varanda e, enquanto tomávamos vinho e ouvíamos o coro dos insetos, comecei a pensar que o ano de preparação que eu tinha levado a cabo estava prestes a ser recompensado. Marylin passou a noite comigo.

Puerto Asis, a cidade de Marylin, fica um grau ou dois acima da linha do Equador. Ar-condicionado era um caro supérfluo e eu estava duro. O minúsculo quarto de hotel estava abafado, e, quando estávamos deitados, abraçados no lençol molhado de suor, com os gritos dos vendedores de rua e o barulho do trânsito da manhã entrando pela janela da varanda, Marylin disse que tinha algo para me contar.

A confissão

Então, ela me golpeou com uma confissão que iria, ao mesmo tempo, me fazer tremer e ficar confuso. Ela explicou que nos meses que eu estava no Iraque, seu papel na AUC mudou; ela havia entrado para a milícia urbana e se tornado uma assassina. Agora, seu trabalho era eliminar informantes e traidores. Até então, me contou, tinha matado pelo menos dez pessoas da região. Acendi um cigarro e traguei profundamente, enquanto Marylin me olhava através da fumaça que expeli, esperando para ver como eu iria reagir ao que ela acabara de me contar. Estranhamente, sua confissão não teve o impacto que se esperaria; eu não recuei horrorizado.

Os meses que eu tinha passado na Colômbia e no Iraque, em meio à violência, havia alterado minha forma de ver as coisas. Não acho que eu havia me tornado imune à morte ou ao sofrimento, mas, certamente, estava menos facilmente chocável. A diferença entre vítima e algoz, rebelde e refugiado, normalmente é apenas uma questão de perspectiva.

Sempre gostei da companhia dos "executores", rebeldes e soldados que arriscavam suas vidas por causas em quais imagino que eles acreditassem. Não me interessei pelas ricas, bem-vestidas e lindas misses que viviam nos clubes de alto nível de Bogotá. Embora mais tarde eu fosse me sentir de forma diferente, minha reação inicial às palavras de Marylin foi de uma aceitação que talvez até tenha chegado perto de uma aprovação. Acho que eu senti que, no contexto de amantes em zona de guerra, ela era muito "bacana".

No início, suas visitas ao meu quarto de hotel - normalmente portando uma pistola - não me perturbou muito. Antes de tudo, não acho que as implicações reais do que Marylin fazia tinha vencido a neblina surreal. Eu era jovem e estava vivendo uma aventura incrível. Era, com certeza, o mais próximo que eu chegaria na vida de alguém que estava verdadeiramente e totalmente envolvido e imerso nesse conflito. A mulher com quem eu acabara de começar a dormir era uma assassina de aluguel e havia uma arma sobre a mesa ao lado de minha cama.

Ao observar ela tirar a pistola de seu cinto, desabotoar seu jeans e deitar na cama, de alguma forma não pude relacionar a mulher em meus braços com os corpos que eu havia visto no necrotério local, com as cabeças destruídas por tiros à queima-roupa, assassinatos que ela confessou ter cometido. Estar drogado por uma combinação do clima tropical inebriante, rum local e cocaína nível A, e o fato de estar nos braços de uma ninfeta de 22 anos, fizeram com que fantasia e realidade se misturassem. Me sentia como se estivesse vivendo em um filme de Quentin Tarantino.

Mercenária

Em uma manhã, Marylin me contou que na noite anterior ela havia persuadido uma amigo a ajudá-la a decapitar e desmembrar uma mulher que ela tinha sido contratada para matar. Não era nenhuma informante. Uma amiga pagou para que ela matasse a outra namorada de seu namorado. Ela descreveu tão graficamente o que tinha acontecido, com tão pouco sentimento, que, finalmente, a realidade me chacoalhou. Percebi que meus sentimentos por ela mudavam. O brilho romântico começou a se esvair rapidamente. Ela já não parecia ser uma parte legítima de um conflito civil, mas uma assassina autônoma, tirando vidas por dinheiro - simplesmente isso.

Embora eu ainda a achasse sexualmente atrativa e quisesse ficar com ela, alguma coisa estava ricoheteando no meu cérebro. Alguns dos pensamentos que teriam ocorrido a qualquer um muito mais cedo, estavam, agora, começando a aparecer.

Durante o ano anterior, eu a fotografei nadando no rio com sua filha e lendo histórias de dormir. Agora, as imagens que me lembrava se concentravam quase totalmente no outro lado de sua vida. Eu estava, com pensamentos de auto-preservação em minha mente, reduzindo-a a uma "pauta". Perguntei a Marylin se ela se prepararia para me deixar entrevistá-la sobre sua vida e com o que ela tinha se envolvido. Vestindo um capuz e brandindo uma pistola, ela permitiu que eu filmasse nossa conversa.

Comecei perguntando como ela tinha se envolvido com os paramilitares e por que ela decidiu se juntar a eles. Como a persuadiram a matar sua primeira vítima e como ela se sentiu. Ela começou a responder de forma hesitante, mas ganhou confiança à medida que sua história era revelada.

"Quando matei a primeira pessoa, eu tinha medo, estava apavorada. Matei a primeira pessoa só para ver se podia. Mas há uma obrigação em matar. Se você não o faz, eles te matam. Por isso que a primeira vez foi difícil, porque a pessoa que matei estava ajoelhada, implorando, chorando e dizendo 'Não me mate. Tenho filhos.' Por isso foi difícil e triste. Mas, se você não mata esta pessoa, alguém da AUC irá te matar. Depois de matar, você continua tremendo. Você não consegue comer ou falar com ninguém. Estava em casa, mas pensando na pessoa implorando para não ser morta.


Atirei em mim mesma, por dentro, mas, com o tempo, esqueci tudo. Os superiores sempre dizem 'Não se preocupe, é só a primeira vez. Quando você mata o segundo, tudo ficará bem.' Mas você continua tremendo. A segunda vez é só um pouco mais fácil, mas, como eles dizem aqui, 'se você pode matar um, pode matar muitos mais.' Você tem que perder o medo. Agora, continuo matando e nada acontece. Me sinto normal. Antes, eu tinha obrigação de matar, eu era enviada para matar. Mas quando deixei a organização, não era mais obrigada. Agora, só faço o trabalho por dinheiro".

"Sim [matei uns amigos meus], porque eles iam me matar. Eles me disseram para tomar cuidado porque eles trabalhavam para o outro lado e tinham conexões com as guerrilhas. Então, era minha vida ou a deles. Então, pedi permissão para matá-los, que me foi dada [pela AUC]. Eles investigaram e concluíram que de fato meus amigos trabalhavam para as guerrilhas, então os matei. Foi muito doloroso para mim. Estive no enterro e na vigília. Fiquei mal ao ver a mãe deles chorando, sabendo que eu era a única culpada disso. Mas é sua vida, e você aprendeu na escola [da AUC]: primeiro você, depois os outros. No total, matei 23 pessoas."

Lavagem cerebral

Uma incrível tristeza me consumiu enquanto ouvia essa jovem inteligente, de quem havia me tornado tão íntimo, falar de sua vida. Marylin era uma vítima extrema das circusntâncias. Seu tédio e sua busca por emoções a levaram a entrar em contato com os paramilitares, que fizeram uma lavagem cerebral que a deixou sem nenhum respeito pela vida humana. Sem respeito pela dela e nem mesmo pela de sua família.

Mas suas desculpas, ou falta delas, me irritaram, e eu disse que ela representava tudo que estava errado com o país. De minha posição privilegiada e, no final das contas, desqualificada, de alguém de fora, achei impossível me identificar com ela, para apenas para ficar bravo, preocupado e crítico.

Reduzi-la a uma "pauta" não funcionou. Não fui capaz de ser distante, objetivo ou deixar meus sentimentos de lado. Tinha ido muito além desse ponto. Enquanto em um nível eu saboreei a intensidade do que estava experimentando, havia um preço a se pagar por ter ido tão longe, e o preço era alto. Percebi que as coisas que eu tinha visto e ouvido nos últimos meses eram inacreditáveis. Por causa delas, minha paixão pela Colômbia havia crescido e meu entendimento do que acontecia nesse país mal-entendido tinha aumentado. Mas sentia que tinha perdido algo e que estas coisas também haviam me causados danos.

Voltei ao Iraque e depois fui cobrir a guerra no Afeganistão. Durante todo o ano, Marylin e eu trocamos emails regularmente. Basicamente, neles ela me perguntava onde eu estava e me pedia que não a esquecesse. Ela me disse que as coisas que eu falei depois da entrevista causaram um grande impacto. Ninguém nunca havia falado daquele jeito com ela, realmente questionado o que ela estava fazendo com sua vida. Disse que queria um novo começo, mas sabia que a AUC não deixava seus membros saírem, pelo menos não vivos.

Depois de um longo período de silêncio, comecei a temer que algo tinha acontecido. Então, decidi voltar a Puerto Asis para saber a verdade. Levei um tempo para criar coragem para dirigir à sua casa e ver se ela e sua família ainda estavam por lá. Me perguntei se talvez ela tivesse dado um basta e ido começar uma nova vida, ou se, mais provavelmente, seu passado a havia alcançado. Dadas as coisas terríveis que eu já sabia dela, estava, de alguma forma, preparado para más notícias. Para o que eu não estava preparado era o quão confuso seria ouvi-las.

"Natalie acordou órfã"

A família dela demonstrou sua habitual surpresa ao me ver na porta da frente de sua casa. Todos meus temores foram confirmados quando seu pai, com lágrimas nos olhos, me contou que Marylin estava morta. Tinha 25 anos e dois meses quando foi seqüestrada em sua casa e apedrejada até a morte. Seus seqüestradores destruíram sua cabeça com pedras e depois atiraram nela.

Na manhã seguinte, sua filha de agora seis anos, Natalie, acordou como uma órfã, seus pais haviam perdido a terceira filha e seu irmão estava tão triste que não podia andar, falar ou mesmo comer. Marylin não tinha sido morta por alguém que buscava vingança para uma das muitas mortes que haviam acontecido por suas mãos durante sua época de assasssina. Ela foi assassinada por seu próprio grupo em um apedrejamento simbólico por ser um sapo, termo usado pelos colombianos para designar os informantes.

Seu namorado mais recente era um soldado do governo, conveniente o suficiente quando os paramilitares e o exército estavam trabalhando lado a lado na guerra para tirar os campos de coca de Putumayo das mãos das Farc, mas suficiente também para fazer com que ela fosse assassinada quando o relacionamento azedou e suas conversas de alcova continuaram.

A morte de Marylin teve um significado especial para mim, porque eu, também, compartilhei algo destas conversas de alcova. Fomos amigos e depois amantes. Nossas vidas nunca tiveram muito em comum; exceto o fato de que a pequena e suja guerra na Colômbia tinha trancado a ambos em sua prisão fatal. Achei difícil falar isso; na verdade eu não estava certo do que sentia.

Estava lamentando que uma jovem, que deliberadamente havia tirado a vida de seres humanos, tinha recebido o mesmo tipo de justiça de rua para a qual ela havia contribuído? Estava revivendo as conversas que tivemos sobre ela mudar sua vida e os emails que recebi dela me agradecendo e dizendo que precisava falar mais sobre como poderia sair da confusão em que estava metida? Estava desejando ter feito mais para ajudá-la? Estava lamentando por seus pais e sua filha linda, que um dia iria querer uma explicação de porque sua mãe foi morta e, talvez, descobrir os horrores que aconteceram enquanto ela era um bebê? Estava lembrando como ela beijá-la naqueles dias em que eu não tinha a menor idéia de que ela era uma assassina? Estava tentando imaginar, ou talvez tentando não imaginar, como ela ficou depois que sua cabeça foi destruída pelas pedras?

Memórias das guerras

Na realidade, eu estava pensando, sentindo e imaginando todas essas coisas. Ao mesmo tempo, no entanto, sabia que, qualquer que fosse o sofrimento pelo qual sua família estava passando, ela causou este mesmo sofrimento em outros, por muitas vezes. De volta ao quarto de meu hotel, dei o mais longo dos suspiros, acendi um cigarro e olhei para o ventilador do teto. As pás que giravam misturaram minhas memórias das guerras em que eu havia estado, minha ex-namorada e minha situação atual.

Na manhã seguinte, cedo, junto com a mãe de Marylin e Natalie, ambas vestindo seus melhores vestidos e carregando flores, fui ver onde o corpo de Marylin havia sido deixado para descansar. Seu caixão estava em uma caixa de concreto, em cima da tumba de sua irmã, que também tinha sido morta pelo conflito. O número de corpos precisando de enterro tinha, há muito tempo, ultrapassado o espaço disponível. Ao lado, um túmulo muito menor; os restos de outra de suas irmãs, que morreu de causas naturais aos três meses de idade. Não consegui imaginar como a mãe de Marylin se sentia segurando a mão de sua neta e olhando para os túmulos de suas três filhas.

Meu plano de viajar mais para dentro de Putumayo para fotografar os paramilitares já não parecia uma boa idéia. Marylin sempre me mostrava a direção correta e me alertava quando ir além não era uma boa idéia. Eu queria saber mais sobre sua vida e morte, mas não queria ser morto por fazer as perguntas erradas para as pessoas erradas.

Naquela noite, jantando com motos em movimento e caminhões buzinando ao fundo, outra moradora local me contou mais sobre o que aconteceu com Marylin. Entre bocas cheias de sopa, a mulher me disse que Marylin esteve envolvida com a AUC por um período mais longo do que ela havia admitido para mim, e que se acreditava na cidade que ela estava envolvida no massacre de 26 moradores em El Tigre. Muitas das vítimas foram decapitadas e estripadas antes de serem jogadas em um rio. Reservei um assento no próximo vôo disponível para fora dali.

Enquanto eu observava Puerto Asis desaparecer abaixo de mim, o avião foi envolvido por uma nuvem. No meu iPod, alguém cantava "esta cidade nos deixa louco e precisamos ir embora dela". Enquanto estou sentado digitando isto, a cerca de nove mil milhas de distância, em um quarto de hotel congelante e escuro de Cabul, Afeganistão, ainda cobrindo outro conflito sem fim, me pergunto se tudo isso poderia ter terminado de outra forma.

Marylin foi realmente morta porque era uma informante ou porque, como ela indicava em seus emails, queria de fato deixar a AUC e começar uma nova vida?

É nisso que eu quero acreditar. Quero acreditar que ela passou por uma mudança em seu coração. Quero acreditar que ela não era a assassina fria, sem coração e perversa que parecia ser. Mas, quem estou tentando enganar?

Jason P. Howe é o autor de Colombia: Between the Lines, out later this year. * Este artigo foi originalmente publicado na revista Arena.


Tradução: Igor Ojeda

sábado, 19 de julho de 2008

JPT quer ampliar o debate sobre ação dos jovens no partido


Em ato realizado na Quadra dos Bancários, em São Paulo, na sexta-feira (11), foi realizada a posse da secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, e dos novos membros da direção nacional da Juventude Petista |(JPT).

Participaram do ato, entre dezenas de jovens e lideranças de movimentos políticos, o dirigente nacional do PT, Francisco Campos; que representou o presidente Ricardo Berzoini; os ex-secretários de Juventude do PT, Rodrigo Abel e Rafael Pops; os diretores da Fundação Perseu Abramo (FPA), Flávio Jorge e Selma Rocha; a representante da Fundação Friedrich Ebert (Fes), Fernanda Papa e a representante do Sindicato dos Bancários e do Coletivo de Juventude, Adriana Magalhães.

Durante a posse ocorreu ainda o lançamento do livro "Para Além das Políticas Públicas de Juventude", de Rodrigo Abel. Para Abel, a publicação é uma "prestação de contas do investimento que o PT fez na juventude". "Não pertence a mim, e sim a cada um de vocês", dedicou. O autor desafiou os jovens a refletirem mais sobre política. "Temos hoje a maior massa crítica de políticas públicas de juventude, mas não defendemos isso", lamentou.

Desafios da juventude petista
Severine Macedo, em entrevista ao site Construindo um Novo Brasil (CNB), apontou como o principal desafio da nova direção nacional da JPT o fortalecimento da juventude para dentro do partido. "Agora não somos mais uma setorial. Agora somos uma instância de direção com outra condição de diálogo com o partido", definiu.

Ela afirmou que pretende "estreitar este debate, fazer funcionar a direção da juventude nos municípios, nos estados, criar uma organicidade para que a gente tenha respostas lá na ponta, para os jovens que militam nos municípios do interior até os jovens que militam nas capitais". Nos planos da secretária está "o fortalecimento da juventude institucionalizada para dentro do PT".

Outra grande tarefa desta gestão, segundo Severine, "é responder as demandas dos jovens brasileiros na construção das suas pautas", colocando a juventude num outro patamar junto à elaboração das políticas de educação, de trabalho e renda, na área da cultura, além de garantir uma vida segura. Para ela, o PT precisa intervir com uma qualidade maior nestes temas, que são pautados no dia-dia pelas várias juventudes que militam no movimento e nas organizações que discutem política pública. "Precisamos fazer este diálogo com os movimentos para que vejam no PT, mesmo aqueles que não têm jovens filiados, uma grande ferramenta de luta, de transformação deste país. E que vejam um partido que investe em juventude, que aposta em juventude e que quer, de fato, fazer o novo", sugeriu. "O partido já é uma grande referência na sociedade. Essa conjugação que é a nossa grande tarefa", resumiu.

Como o ano é eleitoral, de acordo com Severine, o tema fortalece a pauta da juventude, mas amplia a desafio. "Porque a gente recém saiu do Congresso e vêm as eleições municipais. Então, acabamos priorizando a agenda de organização do Congresso da Juventude, mas agora precisamos responder a este novo momento". "Vamos ter candidaturas em todos os cantos deste país, (...) tem muita galera boa que está saindo candidata, e precisamos não só estimular as candidaturas, mas também trabalhar para pautar o programa de juventude nas administrações petistas", contou.

Severine afirmou que, além de discutir com os candidatos o modo petista de governar e legislar, é preciso firmar as gestões como referência da política de juventude. Ela acredita que "não basta o governo federal ser um marco na história deste país, porque criou um Conselho, uma Política Nacional de Juventude, as três esferas têm que responder por isso, município estado e governo federal". Nesse sentido, Severine quer levar o PT ao desafio de assumir o programa das políticas de juventude não só na campanha. "Não é só para mobilizar gente, para carregar bandeira e buscar voto. É também para isso, mas mais ainda para assumir a pauta e conseguir implementar, nas nossas gestões, uma política de juventude, criar conselhos, implementar políticas locais, envolver efetivamente a juventude para que possa ser protagonista na construção dessas próprias políticas", planejou.

Para isso, a Secretaria Nacional de Juventude do PT já discute a elaboração das Diretrizes da Juventude para o período eleitoral e uma cartilha de subsídio do trabalho de base, além de material de divulgação e Carta Compromisso para os candidatos. "Estamos propondo a Caravana Nacional da Juventude do PT que, sem dúvida nenhuma, vai ser o grande momento de a gente poder andar este país, fazer este debate e potencializar o diálogo com os movimentos juvenis", informou.

Quanto ao apoio para tudo isso que planejam e muito mais, a secretária espera contar com a direção nacional do partido. E Severine está animada. "A gente tem percebido que a direção do PT está num momento novo". Ela atribuiu o bom momento a recente realização do Congresso, que impactou positivamente, pois foram mais de 15 mil jovens envolvidos no processo. "Estamos tendo abertura para o debate nas várias secretarias, para propor parcerias, então, de fato, esse momento novo está animando a todos nós", comemorou. "Vamos agora, no dia-dia, acertando e combinando o jogo, construindo mecanismos de trabalho para que essa direção possa ter disponibilidade e condição de construir um planejamento e de implementá-lo. Isto exige finanças, estrutura, apoio político e muito trabalho", previu a secretária. "Nós estamos dispostos", finalizou.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

EUA reativam IV Frota e preocupam dirigentes da AL


RIO DE JANEIRO – Ela ganhou notoriedade durante a Segunda Guerra Mundial, ao caçar submarinos nazistas nas águas do Atlântico Sul. Foi desmontada em 1950, mas agora está de volta, para espanto dos chefes de Estado da região. A temida IV Frota Naval dos Estados Unidos foi reativada oficialmente esta semana e, segundo a Marinha norte-americana, vai começar a realizar em breve exercícios no limite das águas territoriais da América Latina e do Caribe.

Essa decisão, tomada de forma unilateral pelo governo de George W. Bush, já provocou manifestações de desagrado dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Cristina Kirchner (Argentina), Hugo Chávez (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia), apesar de os EUA garantirem que suas embarcações somente serão utilizadas em “operações de paz, de assistência humanitária e de socorro em caso de desastres naturais”.

A reativação da IV Frota foi celebrada no último sábado (12), durante uma cerimônia militar realizada no estado da Flórida. O chefe de Operações Navais da Marinha dos EUA, almirante Gary Roughead, disse não entender a preocupação dos latino-americanos, e afirmou que “o objetivo dos EUA é promover uma parceria para proteger os mares da região”. Algumas outras palavras de Roughead durante a cerimônia, no entanto, foram menos amistosas: “O foco da IV Frota estará nas ações humanitárias, mas que ninguém se engane: ela estará pronta para qualquer tipo de ação, em qualquer lugar e a qualquer momento”, disse.

Segundo o chefe do Comando Sul das Forças Armadas dos EUA, James Starvidis, a IV Frota, ao contrário das outras frotas em atividade, não terá embarcações permanentemente presentes em sua região de atuação. Se for preciso, no entanto, num espaço de poucos dias os militares norte-americanos poderão reunir em águas latino-americanas e caribenhas uma força composta por 22 barcos (treze fragatas com mísseis, quatro cruzadores com mísseis, quatro destróieres com mísseis e um navio-hospital).

Uma demonstração militar dessa magnitude já seria suficiente para justificar a preocupação dos governos latino-americanos, mas os EUA ainda forneceram outro elemento ao nomear para o comando da IV Frota um “cão de guerra”, o contra-almirante Joseph Kernan. Oriundo do grupo Seal, uma força de elite dos Fuzileiros Navais especializada em missões sigilosas, Kernan tem em seu currículo a participação no planejamento das invasões do Afeganistão e do Iraque. Durante a cerimônia, o contra-almirante manifestou seu sonho de voltar à Amazônia, onde já esteve como turista, para “treinar táticas de guerra na selva”.

Apesar de a Marinha dos EUA afirmar que comunicou com antecedência a reativação da IV Frota a todas as Marinhas da região, a maioria dos governos da América Latina e do Caribe demonstrou surpresa com a notícia. O primeiro contato oficial do governo norte-americano com o governo brasileiro aconteceu somente na terça-feira (15), três dias após a cerimônia na Flórida, através de um telefonema da secretária de Estado dos EUA, Condoleeza Rice, ao ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim.

Lula pede explicações

Segundo fontes do Itamaraty, Condoleeza disse ao ministro brasileiro que o objetivo dos EUA é cooperar com os países da região numa postura de respeito ao direito internacional. A secretária de Estado norte-americana também teria prometido a Amorim que maiores detalhes das operações da IV Frota serão transmitidos ao embaixador do Brasil em Washington, Antônio Patriota, pelo subsecretário de Estado John Negroponte.

Na véspera do telefonema de Condoleeza Rice a Celso Amorim, o presidente Lula havia instruído o Itamaraty a cobrar explicações do governo dos EUA sobre a IV Frota. Segundo o comandante da Marinha do Brasil, almirante Júlio de Moura Neto, Lula exigiu do governo Bush um contato formal com o governo brasileiro, além de maiores informações acerca da retomada dos exercícios militares nas águas latino-americanas.

A decisão dos EUA não agradou a Lula, que já teria manifestado aos ministros da área militar o desejo de acelerar o processo de reaparelhamento das Forças Armadas brasileiras: “Isso é uma necessidade. A Marinha não está preparada para assumir suas atribuições previstas na Constituição”, resumiu Moura Neto.

Raul Seixas

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Agora é chegada a hora "FEDERAL NELES"



Em cerimônia realizada na tarde desta quarta-feira (16) no Palácio do Planalto em Brasília, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou o Projeto de Lei 2199/07 que cria a Universidade Federal da Mesorregião Grande Fronteira do Mercosul. Com previsão de implantação para o segundo semestre de 2009, a nova instituição atenderá o Norte do Rio Grande do Sul, o Oeste Catarinense e o Sudoeste do Paraná. Ao todo serão 415 municípios e 3,7 milhões de pessoas beneficiadas. No mesmo ato foi sancionado o Piso Nacional de Professores.
Conforme o ministro da Educação, Fernando Haddad, essa será a 14ª universidade federal criada pelo governo do presidente Lula, e tem como foco atender o filho do trabalhador: “é uma mesorregião importante e que a partir de hoje passa a contar com o ensino federal público. Esperamos que agora o projeto tramite o mais rápido possível no Congresso Nacional”, destacou. Para o deputado federal Cláudio Vignatti (PT/SC), autor do Projeto de Lei, a concretização da universidade é a realização de um sonho histórico para uma mesorregião que por muito tempo foi esquecida pelo Estado brasileiro: “agora as pessoas que vivem nesta meso não precisarão mais se deslocar por grandes distâncias para terem acesso ao ensino federal e gratuito. Isso contribuirá decisivamente para ao desenvolvimento local”, afirma. O parlamentar também destaca que o projeto é fruto de inúmeras reuniões e discussões com organizações representativas da sociedade, parlamentares e também o Fórum da Mesorregião.

Soneto da Separação


De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Vinícius de Moraes

Porca Miséria


Quem fala mal do Lula tem mordido
a língua. Eu, inclusive: se de amores
eu antes não morria, agora as dores
tomei dele e me rendo, convertido.

Reparo e, então, comparo. E me decido:
é Lula lá, apesar dos dissabores!
Bolsa-família, bolsa de valores,
vai tudo às maravilhas, sem partido.

Fez ele o que os rivais tucanos não
tiveram competência de fazer:
o mínimo do básico à nação.

Nem mesmo aboletar-se no poder
souberam, com seu dólar e apagão.
Que o Lula mais mandatos possa ter!

Glauco Mattoso

terça-feira, 15 de julho de 2008

Federal no Oeste


O Oeste de Santa catarina ganha oficialmente nesta quarta-feira, a Universidade Federal da Mesorregião Grande Froteira do Mercosul, que terá sede em Chapecó e outros campi em Realeza (PR), Laranjeira (PR), Cerro Largo (RS) e Erechim (RS).

A informação foi repassada pelo deputado Cláudio Vignatti (PT), autor do projeto de criação da instituição, que vai estar ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no momento da assinatura do ato de criação, no Palácio do Planalto, em Brasília, juntamente com Luciane Carminatti que teve participação direta nas tratativas para idealizar este projeto, que tanto a nossa região estava esperando. Desde de já a comunidade agradece.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Procuradores publicam carta ao povo brasileiro


Procuradores da República de todo o país publicam carta à sociedade brasileira repudiando as decisões do Ministro Gilmar Mendes, Presidente do STF – Supremo Tribunal Federal, que liberou da prisão Daniel Dantas, Naji Nahas, Celso Pitta e outros pilantras que fazem parte da quadrilha recentemente desbaratada pela Polícia Federal.

A decisão monocrática de Gilmar Mendes, em velocidade supersônica e sem paralelo com outras decisões normalmente aplicadas aos filhos modestos do povo, é revoltante.
Dizem os Procuradores na carta à sociedade:

Carta aberta à sociedade brasileira sobre a recente decisão do Presidente do Supremo Tribunal Federal no habeas corpus nº 95.009-4.
Dia de luto para as instituições democráticas brasileiras
1.Os Procuradores da República subscritos vêm manifestar seu pesar com a recente decisão do Presidente do Supremo Tribunal Federal no habeas corpus nº 95.009-4, em que são pacientes Daniel Valente Dantas e Outros. As instituições democráticas brasileiras foram frontalmente atingidas pela decisão liminar que, em tempo recorde, sob o pífio argumento de falta de fundamentação, desconsiderou todo um trabalho criteriosamente tratado nas 175 (cento e setenta e cinco) páginas do decreto de prisão provisória proferido por juiz federal da 1ª instância, no Estado de São Paulo.
2.As instituições democráticas foram frontalmente atingidas pela falsa aparência de normalidade dada ao fato de que decisões proferidas por juízos de 1ª instância possam ser diretamente desconstituídas pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, suprimindo-se a participação do Tribunal Regional Federal e do Superior Tribunal de Justiça. Definitivamente não há normalidade na flagrante supressão de instâncias do Judiciário brasileiro, sendo, nesse sentido, inédita a absurda decisão proferida pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal.
3.Não se deve aceitar com normalidade o fato de que a possível participação em tentativa de suborno de Autoridade Policial não sirva de fundamento para o decreto de prisão provisória. Definitivamente não há normalidade na soltura, em tempo recorde, de investigado que pode ter atuado decisivamente para corromper e atrapalhar a legítima atuação de órgãos estatais.
4. O Regime Democrático foi frontalmente atingido pela decisão do Presidente do Supremo Tribunal Federal, proferida em tempo recorde, desconstituindo as 175 (cento e setenta e cinco) páginas da decisão que decretou a prisão temporária de conhecidas pessoas da alta sociedade brasileira, sob o argumento da necessidade de proteção ao mais fraco. Definitivamente não há normalidade em se considerar grandes banqueiros investigados por servirem de mandantes para a corrupção de servidores públicos o lado mais fraco da sociedade.
5.As decisões judiciais, em um Estado Democrático de Direito, devem ser cumpridas, como o foi a malsinada decisão do Presidente do Supremo Tribunal Federal. Contudo, os Procuradores da República subscritos não podem permanecer silentes frente à descarada afronta às instituições democráticas brasileiras, sob pena de assim também contribuírem para a falsa aparência de normalidade que se pretende instaurar.
Brasil, 11 de julho de 2008.

A reeleição e o eleitor

Se o vereador candidato à reeleição fizer um auto exame na frente do espelho, apalpando sua cara, virando-a de um lado para o outro, observando seu rosto sob diversos ângulos, e fizer uma análise sincera, poderá ficar com medo. Porque via de regra os vereadores deixam a desejar. Principalmente aqueles que apoiam o prefeito. Geralmente não são vereadores. São despachantes intermediando pedidos, quando não são puros instrumentos a serviços menores, ao invés de agir com independência e com foco no cidadão. A maioria das bancadas da situação não passam de vassalos, de guarda costas do prefeito. Ter fidelidade pártidaria é bom, desde que isto não implique em agir contra a consciência ou contra o bem comum. Esta errado ser submisso ao prefeito. Também está errado contrariar por contrariar, trair por trair. Repito, é preciso cabeça própria, ter independência e vergonha na cara. O eleitor não vota em vereador para ser usado pelo prefeito. E vereador de oposição não deve se acovardar, nem se vender.Tem que manter postura. Mesmo com algum prejuízo financeiro, e mesmo sob pressão. isto dignifica o político. Vender-se é a degradação de um ser. Lutar, defender posições e ideologias mesmo correndo risco de perder, é o que conta. já imaginaram se todos os partidos se juntassem com os grandes parra assegurar um lugar, vaga ou secretaria??? Tudo viraria uma porcaria. felizmente ainda existe partidos e políticos decentes.O eleitor agradece.

domingo, 13 de julho de 2008

JOÃO GUIMARÃES ROSA "100 ANOS"


" Não gosto de falar em infância. É um tempo de coisas boas, mas sempre com pessoas grandes incomodando a gente, intervindo, estragando os prazeres. Recordando o tempo de criança, vejo por lá um excesso de adultos, todos eles, mesmo os mais queridos, ao modo de soldados e policiais do invasor, em pátria ocupada, Fui rancoroso e revolucionário permanente, então. Já era míope , e nem mesmo eu , ninguém sabia disso. Gostava de estudar sozinho e de brincar com a geografia. Mas, tempo bom de verdade, só começou com a conquista de algum isolamento, com a segurança de poder fechar-me num quarto e trancar a porta. Deitar no chão e imaginar estórias, poemas, romances, botando todo mundo conhecido como personagens, misturando as melhores coisas vistas e ouvidas. " (João Guimarães Rosa. Sobre a infância.)

Dos direitos do blogueiro

10. Toda blogagem se dará em paz e exercitará a liberdade de expressão inerente a qualquer democracia. A blogagem estará a salvo de perseguição política, religiosa ou doutrinária de qualquer caráter. O blogueiro será livre para dizer o que lhe venha à telha, desde que, obviamente, não cometa com a linguagem crimes de calúnia ou plágio.

9. Todo blogueiro terá o direito de passar um dia sem blogar e não receber mensagens alarmistas, preocupadas ou encheção de saco. Os blogueiros serão poupados de receber emails com gritaria ou esbravejação em letras maiúsculas e, no caso de recebê-los, serão livres para exercitarem o direito de ignorá-los ou apagá-los.

8. Todos os blogueiros terão direito de blogar em próprio nome, em pseudônimo ou em heterônimo como lhes apraza, de forma exclusiva ou simultânea. Assim como todos os outros direitos nomeados aqui preferencialmente no feminino, este também se aplica, evidentemente, as mulheres que possam, saibam ou ousem exercitá-lo.

7. Sendo publicitário, funcionário público, palhaço, vendedor de seguro, jogador de futebol, aeromoça, professor universitário, paquita, lixeiro ou desempregado nas horas vagas, o blogueiro tem direito de não ser importunado, agredido, chantageado ou ofendido por sua escolha ou necessidade profissional fora das horas de blogagem.

6. Todos os blogueiros terão direito de livre associação em quaisquer grupos, incluindo-se aí grupos com objetivos e programas contraditórios. Entender-se-á a blogagem sobretudo como um direito à coexistência bizarra, insólita e feliz de diferenças na internet. Na blogosfera haverá paz de se retribuir as visitas ao blogs de cada um na devida temporalidade baiana que deve reger as coisas, sem pressa, sem culpa e sem cobrança. Ao visitar o blog alheio o blogueiro também temperará o natural desejo da recíproca com semelhante tranqüilidade.

5. Todo blogueiro estará livre de qualquer responsabilidade sobre afirmações feitas por outras pessoas em seu blog. Nenhuma blogueira poderá ser interpelada, processada ou censurada por ofensas ditas por outrem em seu blog. Caso alguma pessoa se sinta ofendida por algum comentário e reclame, a blogueira terá amplo tempo para decidir qual a atitude correta de anfitriã que exercita seus direitos de cidadã numa democracia onde àqueles correspondem, é claro, deveres também.

4. A todo blogueiro será garantido o direito de promover votações, concursos, citações, retrospectivas, autolinkagem ou reciclagem sem ser acusado de estar ficando sem assunto.

3. Todo blog terá liberdade absoluta de linkar, deslinkar e relinkar como lhe preze, entendendo-se que a linkagem é ato livre, unilateral e jamais significa, por si só, um endosso de conteúdo do site linkado. Todo blogueiro terá paz para ir linkando aqueles que o linkam ou não, na medida em que ele vá viciando-se em blogs.

2. Todo blogueiro terá o direito de exercitar periodicamente o direito de dizer abobrinhas sobre assuntos que não entende, de tal forma que os blogs de futebol serão apoiados quando resolvam falar de música e os blogs de economia contarão com a compreensão geral quando decidam falar sobre a composição do vinho. Mais bobagem que certas revistas semanais blog nenhum conseguirá dizer.

1. Todo blogueiro terá o direito de propor decálogos incompletos – eneálogos, na verdade – e solicitar ser completado, corrigido ou auxiliado pela caixa de comentários. Esqueci de alguma coisa? Sejam bem-vindos.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

"Ah! Camões, se vivesses hoje em dia"


Rola na internet e foi publicado na Carta Capital que uma jovem de 16 anos, prestando vestibular na Bahia interpretou conforme segue o seguinte trecho dum poema de Camões:

“Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer”.

A interpretação:

“Ah! Camões, se vivesses hoje em dia, /
tomavas uns antipiréticos, /
uns quantos analgésicos / e Prozac para a depressão. /
Compravas um computador, consultavas a Internet /
e descobririas que essas dores que sentias, /
esses calores que te abrasavam/ essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo, /não eram feridas de amor, /
mas somente falta de sexo!”

terça-feira, 8 de julho de 2008

Quase morto


Morrendo aos poucos, como eu gostaria de ter um tempo livre para poder ficar em frente ao computador ao menos umas três horas para poder matar minha curiosidade, esta sim me matando aos poucos, o trabalho não me mata me vivifica e me enobrece, coisa que talvez para alguns políticos não é nada agradável afinal de contas suor,dedicação e honestidade não não faz parte do caratér natural deles, mas não podemos generalizar. Afinal de contas cada um com seus porobremas .Hoje escrevo este comentário pedindo uma colaboração de vcs meus caros leitores e simpatizantes do blog, vou direto ao assunto se algum de vcs tem informações a respeito da declaração de bens dos candidatos a chapa magoritária colocada a disposição no TRE, do município de chapecó fico grato pela contribuição de vcs.

me mandem por e-mail: produtodamente@hotmail.com

Desde de já agradeço sua colaboração

sábado, 5 de julho de 2008

Suco de uva


Saia justa: ministro sugere que padre beba suco de uva

O empenho do ministro da Justiça, Tarso Genro, em convencer seus interlocutores de que a lei seca no trânsito é boa, colocou-o numa saia justa com a Igreja Católica. Em meio a variedade de assuntos que tratou ontem na entrevista em falava da extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola e da portaria das ONGs estrangeiras, provocado por um jornalista, Genro acabou sugerindo que em vez de uma taça de vinho – quantidade que, pega no bafômetro, rende suspensão da carteira por um ano, R$ 957 de multa e apreensão do veículo – os padres católicos consumam suco de uva durante a celebração da missa.

– O padre que sai da missa depois de tomar uma taça de vinho, que poderia ser suco de uva, vai explicar (ao guarda de trânsito), o policial vai registrar e e vai acolher – disse o ministro ao defender o bom senso na hora de fiscalizar e aplicar a pesada punição.

Segundo ele, esse tipo de procedimento deve valer também para outros casos (o bom-bom com licor ou medicação com álcool), mas não representa que a tolerância zero será flexibilizada

luiz Melodia e Cassia Eller

quarta-feira, 2 de julho de 2008

DIGA NÃO!!!


DIVULGUE!
Diga não ao projeto do Senador Azeredo

Projeto de lei aprovado em comissão do senado coloca em risco a liberdade na rede e cria o provedor dedo-duro. (Por Sérgio Amadeu da Silveira )
Na última semana, em uma sessão corrida e esvaziada, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o projeto de lei (PLC) 89/03 que define quais serão as condutas criminosas na Internet. Os exageros que constam do projeto podem colocar em risco a liberdade de expressão, impedir as redes abertas wireless, além de aumentar os custos da manutenção de redes informacionais. O mais grave é que o projeto apenas amplia as possibilidades de vigilância dos cidadãos comuns pelo Estado, pelos grupos que vendem informações e pelos criminosos, uma vez que dificulta a navegação anônima na rede. Crackers navegam sob a proteção de mecanismos sofisticados que dificultam a sua identificação. Veja o aburdo. Com base no artigo 22 do PLC 89/03, os provedores de acesso deverão arquivar os dados de "endereçamento eletrônico" de seus usuários. Terão que guardar os endereços de todos os tipos de fluxos, inclusive a voz sobre IP, as imagens e os registros de chats e mensagerias instantâneas, tais como google talk e msn.

O pior. A lei implanta o regime da desconfiança permanente. Exige que todo o provedor seja responsável pelo fluxo de seus usuários. Implanta o "provedor dedo-duro". No inciso III do mesmo artigo 22, o PLC 89/03 exige que os provedores informem, de maneira sigilosa, à polícia os "indícios da prática de crime sujeito a acionamento penal público". Ou seja, se o provedor identificar um jovem "baixando" um arquivo em uma rede P2P, imediatamente terá que abrir os pacotes do jovem, pois o arquivo pode ser um MP3 sem licença de copyright. Mas, e se ao observar o pacote de dados reconhecer que o MP3 se tratava de uma música liberada em creative commons? O PLC implanta uma absurda e inconstitucional violação do direito à privacidade. Impõe uma situação de vigilantismo inaceitável.

Como ficam as cidades que abriram os sinais wireless? A insegurança jurídica que o PLC impõe gerará um absurdo recuo nesta importante iniciativa de inclusão digital. Como fica um download de um BitTorrent? Deverá ser denunciado pelos provedores? Ou para evitar problemas será simplesmente proibido por quem garante o acesso? Como fica o uso da TV Miro (www.getmiro.com/)? Os provedores deverão se intrometer no fluxo de imagens e pacotes baixados pelo aplicativo da TV Miro? E um podcast? Como o provedor saberá se não contém músicas que violam o copyright? Se o arquivo trazer músicas sem licença, o provedor poderá ser denunciado por omissão? Pelo não cumprimento da lei? O PLC incentiva o temor, o vigilantismo e a quebra da privacidade. Prejudica a liberdade de fluxos e a criatividade. Impõe o medo de expandir as redes.

terça-feira, 1 de julho de 2008

DIREITA FESTIVA X ESQUERDA PERDIDA


Gostaria hoje não ter mencionado este comentário , mas o ego elevado destes caciquistas de esquerda que se acham sabedores de tudo e detentores de votos expressivos esquecem que aquele que os remete ao cargo público é o eleitor que muitas vezes não tem voz ativa dentro de uma determinada sigla partidária, mas é o fronte de batalha para angariar votos para os mesmos que por influencias egoístas e pessoais querem nos arremeter a um processo fadado ao total fracasso político sem ao menos ter nos consultado. Até ai tudo bem? errar é humano, mas ser burro já é demais , vejam bem o quê quero dizer, por inúmeras vezes eu tentei aqui neste espaço DIZER que só uma ampla coligação com os partidos que tem um interesse comum que é retirar do poder este que ai se apresenta como o dono do mundo e de todos o Sr. João Rodrigues que sua especialidade é fritar todos aqueles que se coligaram com ele, e foram subserviente dele até na hora de dizer um basta em seu projeto pessoal, e agora sem ao menos terem um rumo certo deixam a oportunidade uníca de derrubarem o projeto neo liberal e se prontificam a concorrer com chapa pura, este é o PMDB, ainda tem mais o PC do B que também não tem chances nenhuma agora se diz pronto a concorrer a chapa magoritária, um tremendo erro de uma esquerda caciquista que não vê um palmo a frente dos olhos, e olhem bem o PCdoB não é nem um aprendiz de feiticeiro como também não o é o PP e o PDT. Mas o maior erro parte de PT altamente caciquista que se deixa dominar por projetos pessoais, por uma infantilidade como nunca tinha visto em um partido, porquê digo isto, todo e qualquer um que queira disputar uma eleição tem que somar agregação de valores ou desagregação este é o maior erro do PT não sabe somar unido apenas comunga das ideias de um determinado grupo que talves nem eles se tocaram que estão cada vez mais afastados dos votos de seus admiradores ao ponto de não saberem abrir mão de algumas ideologias que para o povo é desagregadora.
Apenas para concluir gostaria de deixar aqui um pequeno recado aos caciquista de plantão, este projeto como se apresenta nos levará ao total descrédito perante a sociedade chapecoense, e nos arremetera ao fundo do poço ao qual não terá mais volta pois o projeto neoliberal estará concluído em mais 4 anos ai teremos que ficar calados afinal de contas quem deu essa liberdade a ele foi nós mesmos ou melhor o caciquismo esquerdista.

ROQUE

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